segunda-feira, 31 de março de 2014

Proctalgia Fugax

A proctalgia Fugax é uma doença funcional do reto - ânus que atinge até 5% da população. A causa é desconhecida, no entanto sabe-se que se trata de uma doença benigna. 
O principal sintoma é a dor no ânus - r
eto que pode ser muito intensa, lancinante, sem irradiação ou relação com as evacuações e que geralmente dura menos de 20 minutos.
A dor geralmente aparece à noite, mesmo durante a madrugada acordando o paciente no meio da noite. O exame do ânus nao demonstra nenhuma alteração que justifique a dor.
A dor é geralmente relacionada a espasmos nos músculos elevadores do ânus. Mecanismos que relaxem a musculatura  aliviam a dor.
O início dos sintomas ocorre geralmente na idade adulta. É caracterizada como caimbra, espasmo anal. 
As mulheres são mais afetadas que os homens. Existem pessoas que logo após a crise de dor evoluem com necessidade urgente de evacuar (defecar). Os sintomas são recorrentes e não têm cura mas podem ser controlados com medicação. 
Para pacientes com alteração do hábito intestinal, idade >50 anos, sintomas atipicos ou sinais de alarme (perda de peso, muco e sangue nas fezes) há necessidade de colonoscopia para descatar colopatia (câncer de intestino, diverticulose, colites). E lembrar que tumores da coluna (cauda equina) podem mimetizar os sintomas da proctalgia fugax.
Há necessidade de avaliação por um especialista para descartar também como causa dos sintomas as hemorróidas, fissuras, fístulas, abscessos, neoplasias (câncer). No diagnóstico diferencial, é necessário pesquisar outras patologias, tais como distúrbios do assoalho pélvico, neuropatia do nervo pudendo, por exemplo. Para isto pode ser necessário avaliação do assoalho pélvico, com exames tais como ultrassom endoanal, manometria anorretal, defecografia entre outros.
O tratamento consiste em banhos quentes, miorrelaxantes musculares e orientações gerais. E sempre ter em mente que há necessidade de descartar outras patologias associadas, que poder mimetizar os sintomas.``(texto do 
Dr.Rogerio Serafim Parra, Proctologista)

NO TRATAMENTO atraves da FISIOTERAPIA PELVICA utilizamos o biofeedback computadorizado, tecnicas manuais e sondas especiais para que o paciente possa visualizar suas contracoes e interferir, conscientemente no processo, aprendendo a relaxar a sua musculatura anal. O RESULTADO costuma ser muito bom, proporcionando grande alivio ao paciente. 
                                  
                                 

Dra.Silvia Lucia Tarifa
Fisioterapeuta Pelvica
Crefito 3059F

sexta-feira, 21 de março de 2014

FALANDO SOBRE UMA SAÚDE PERFEITA

SISTEMA GASTROINTESTINAL - FALANDO SOBRE UMA SAÚDE PERFEITA

ELEMENTOS PARA UMA SAÚDE PERFEITA
Falando sobre o sistema gastrointestinal

Do momento em que colocamos o garfo na boca, tudo acontece a seu tempo, como numa perfeita linha de produção. Cada tipo de alimento que ingerimos será processado por enzimas específicas para que libere seus nutrientes, que nos servirão de combustível depois de absorvidos pelo intestino. Proteínas formarão todos os tipos de tecidos,  gorduras e carboidratos serão usados como energia básica,  vitaminas e minerais regularão o funcionamento do corpo.
Mas isso não é tudo e precisamos também de minerais e de fibras, que depois de devidamente ``trabalhadas`` pelas bactérias intestinais resultam em fezes com forma, consistência e frequência saudáveis.  Numa dieta sem fibras e á base de muitos produtos industrializados, o tempo de trânsito intestinal é de 48 horas, mas nas dietas ricas em fibras, esse tempo diminui para 30 horas. Ninguém deve esquecer que um tempo maior de trânsito intestinal significa um aumento perigoso de tempo de exposição da parede intestinal às substâncias tóxicas contidas nas fezes.
Entretanto, além de uma alimentação equilibrada, rica em fibras e alimentos antioxidantes, o funcionamento ótimo do sistema gastrointestinal depende de três aspectos básicos: um boa digestão, o cuidado com a permeabilidade da mucosa intestinal e a manutenção de uma flora equilibrada. Com esses atributos, intestino algum incomodará o seu dono. `` (trecho retirado do livro ``O Cérebro Desconhecido``, de Hellion Póvoa)
Um dos focos da minha atuação fisioterapêutica é o tratamento da incontinência fecal e da constipação intestinal.  A quantidade de pessoas, em especial mulheres, com dificuldades intestinais é surpreendente!
O fortalecimento da musculatura abdominal e do assoalho pélvico, a massoterapia direcionada ao relaxamento da musculatura tensionada de forma generalizada, as manobras apropriadas realizadas na região abdominal para facilitar o transito intestinal e a liberação de fezes endurecidas e gases, os exercícios para correção da estática pélvica, são todos recursos benvindos quando tratamos a prisão de ventre e a incontinência anal.

Mas acredito que sempre colheremos os maiores benefícios, em todos os nossos sistemas corporais,  além do nosso sistema gastrointestinal a medida que assumimos nossa responsabilidade pelo nosso corpo humano e nossos hábitos de vida. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

DICAS DE COMO EVITAR TRAUMA PERINEAL DURANTE O PARTO:

Aproximadamente 85% das mulheres que realizam parto vaginal sofrem algum tipo de trauma perineal
A Fisioterapia com recursos que incluem a massagem perineal, exercícios de relaxamento e o epi-no podem ser realizados cerca da trigésima semana de gestação para preparar a musculatura do períneo e evitar lesões no parto normal.
Além disso, a recuperações desta musculatura é fundamental num acompanhamento de exercícios específicos no pós-parto
(Por Liris Wuo-Fisioterapeuta Pélvico)
MUITO OBRIGADA A TODOS OS QUE CONTRIBUIRAM E TORCEM POR MIM, VERDADEIRAMENTE!

http://www.youtube.com/watch?v=PFEjGBKF4bU&feature=share&list=PLnBdiYJaLw2yt8dg2r1_ynOie4ufUeDbq&index=2
MUITO OBRIGADA A TODOS OS QUE CONTRIBUIRAM E TORCEM POR MIM, VERDADEIRAMENTE!

http://www.youtube.com/watch?v=PFEjGBKF4bU&feature=share&list=PLnBdiYJaLw2yt8dg2r1_ynOie4ufUeDbq&index=2

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

VAGINISMO

O que é vaginismo?

O vaginismo é uma contração vaginal que causa desconforto, ardência, dor, problemas com a penetração ou total incapacidade de ter intercurso sexual.

O vaginismo é uma disfunção onde existem espasmos involuntários da vagina durante tentativas de intercurso sexual. Os espasmos são causados por contrações involuntárias do músculo do assoalho pélvico ao redor da vagina. A mulher não controla diretamente os espasmos; é uma reação pélvica involuntária. Ela pode nem estar ciente que a reação do músculo está causando os espasmos ou o problema com a penetração.


Em alguns casos, os espasmos do vaginismo podem começar a causar ardência ou dor durante o intercurso sexual. Em outros casos, a penetração pode ser difícil ou completamente impossível. O vaginismo é a principal causa de relacionamentos não consumados. Os espasmos podem ser tão restritos que a abertura à vagina fecha totalmente e o homem não consegue inserir o pênis. A dor do vaginismo acaba quando a tentativa sexual é suspendida. Em geral, o intercurso sexual deve ser interrompido devido à dor ou ao desconforto.

Tipos de vaginismo
Quando uma mulher nunca, em nenhum momento, conseguiu ter intercurso sexual sem dor devido a este espasmo do músculo, esta disfunção é conhecida como vaginismo primário. Algumas mulheres com vaginismo primário não conseguem usar absorventes internos e/ou fazer exames pélvicos. Muitos casais não conseguem consumar o relacionamento devido ao vaginismo primário. 
O vaginismo também pode desenvolver mais tarde na vida, depois de muitos anos de intercurso sexual prazeroso. Este tipo de disfunção é conhecido como vaginismo secundário, e é geralmente precipitado por uma condição médica, evento traumático, parto, cirurgia ou menopausa.

Causas do vaginismo
O vaginismo é uma condição única que pode resultar de uma combinação tanto de causas físicas quanto não-físicas, ou pode não ter causa perceptível.

Geralmente, na raiz do vaginismo está uma combinação de gatilhos físicos e não-físicos que levam o corpo a antecipar a dor. Reagindo à antecipação da dor, o corpo automaticamente contrai os músculos vaginais, fechando-se para se proteger de algum dano. O sexo se torna desconfortável ou doloroso, e a penetração pode ser difícil ou impossível, a depender da severidade do caso. Com as tentativas de sexo, qualquer desconforto resultante ajuda a reforçar o reflexo da contração, de forma que ele é intensificado. O corpo experiencia dor crescente e reage “apertando” ainda mais os músculos, num círculo vicioso, reforçando esta resposta muscular e criando um 'ciclo da dor'.


Exemplos de causas não físicas:
Medos
Medo ou antecipação da dor do intercurso, medo de não estar completamente curada após um trauma pélvico, medo de danos ao tecido (ou seja, de "ser rasgada"), medo de engravidar, preocupação de que um problema de saúde pélvico possa re-ocorrer etc.
Ansiedade ou estresse
Ansiedade em geral, pressões para ter um “bom desempenho”, experiências sexuais anteriores desagradáveis, negatividade em relação ao sexo, culpa, traumas emocionais, ou outras emoções sexuais não saudáveis
Problemas de relacionamento
Abuso, “separação emocional”, medo de compromisso, desconfiança, ansiedade em relação a estar vulnerável, perder o controle etc.
Eventos Traumáticos
Abuso sexual/emocional anterior, testemunhar violência ou abuso, memórias reprimidas
Experiências da infância
Educação rígida, ensino religioso “desequilibrado” (ou seja, a idéia de que "Sexo é RUIM"), exposição a um imaginário sexual chocante, educação sexual inadequada
Nenhuma causa
Algumas vezes não há causa identificável (física ou não)

Exemplos de causas físicas:

Problemas de saúde
Infecções do trato urinário ou problemas urinários, infecções pélvicas, doenças sexualmente transmissíveis, endometriose, tumores genitais ou pélvicos, cistos, câncer, vulvodinia/vestibulodinia), doenças pélvicas inflamatórias, doenças causadas por fungos: “líquen plano”, líquen escleroso (Link: lichen sclerosus), eczema, psoríase, prolapso vaginal etc.
Parto normal
Dor relacionada ao parto normal e/ou com dificuldades e complicações, cesarianas, “partos prematuros” etc.
Mudanças relacionadas à idade
Menopausa e mudanças hormonais, secura vaginal/lubrificação inadequada, atrofia vaginal
Desconforto temporário
Dor temporária ou desconforto resultante de preliminares insuficientes, lubrificação vaginal inadequada etc.
Trauma pélvico
Qualquer tipo de cirurgia pélvica, exames pélvicos difíceis, ou outro trauma pélvico
Abuso
Violência física, estupro, abuso sexual/físico ou ataque
Medicações
Efeitos colaterais podem causar dor pélvica

TRATAMENTOS: 
O vaginismo é  tratável e podemos conseguir uma recuperação completa da paciente.
O ideal é que tenha havido um diagnóstico correto e possa se fazer uma associação do tratamento físico, através da FISIOTERAPIA PÉLVICA, coom o auxilio de um tratamento psicoterapêutico, que possa buscar e tratar toda e qualquer causa emocional. 
Massagens perineais com o objetivo de relaxamento da musculatura envolvida e consciência da tensão ou espasmo muscular é um dos primeiros passos.
Retreinando o corpo
Retreinar o grupo muscular do assoalho pélvico para que haja  uma resposta  diferente à antecipação do intercurso é a chave para o tratamento bem-sucedido do vaginismo. O processo de aprender a assumir o controle conscientemente deste grupo de músculos muda os reflexos condicionados de forma que a contração involuntária não ocorre mais (modificando a memória muscular ou respostas condicionadas). As etapas de um programa eficaz vão lidar tanto com componentes do corpo quanto da mente para resolver todos os desencadeamentos, de forma que quando o intercurso sexual é tentado, espasmos involuntários não ocorram mais e a dor seja eliminada.